terça-feira, 21 de junho de 2011

EU ACUSO

Este texto foi lido ontem pelo Ten.Cel.PMMA José de Ribamar Pereira Silva Filho, Coordenador Estadual do PROERD [Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência] no culto de formatura do Proerd, em que minha Amandinha de formou.  




J’ACUSE !!!
(Eu acuso !)
(Tributo ao professor Kássio Vinícius Castro Gomes)
“Mon devoir est de parler, je ne veux pas être complice.”
(Émile Zola)
“Meu dever é falar, não quero ser cúmplice.”
(Émile Zola)

 professor Kássio Vinícius Castro Gomes

Foi uma tragédia fartamente anunciada. Em milhares de casos, desrespeito. Em outros tantos, escárnio. Em Belo Horizonte, um estudante processa a escola e o professor que lhe deu notas baixas, alegando que teve danos morais ao ter que virar noites estudando para a prova subsequente. (Notem bem: o alegado “dano moral” do estudante foi ter que... estudar!).


A coisa não fica apenas por aí. Pelo Brasil afora, ameaças constantes. Ainda neste ano, uma professora brutalmente espancada por um aluno. O ápice desta escalada macabra não poderia ser outro.


O professor Kássio Vinícius Castro Gomes pagou com sua vida, com seu futuro, com o futuro de sua esposa e filhos, com as lágrimas eternas de sua mãe, pela irresponsabilidade que há muito vem tomando conta dos ambientes escolares.
Há uma lógica perversa por trás dessa asquerosa escalada. A promoção do desrespeito aos valores, ao bom senso, às regras de bem viver e à autoridade foi elevada a método de ensino e  imperativo de convivência supostamente democrática.


No início, foi o maio de 68, em Paris: gritava-se nas ruas que “era proibido proibir”. Depois, a geração do “não bate, que traumatiza”. A coisa continuou: “Não reprove, que atrapalha”. Não dê provas difíceis, pois “temos que respeitar o perfil dos nossos alunos”. Aliás, “prova não prova nada”. Deixe o aluno “construir seu conhecimento.” Não vamos avaliar o aluno. Pensando bem, “é o aluno que vai avaliar o professor”. Afinal de contas, ele está pagando...  


E como a estupidez humana não tem limite, a avacalhação geral epidêmica, travestida de “novo paradigma” (Irc!), prosseguiu a todo vapor, em vários setores: “o bandido é vítima da sociedade”, “temos que mudar ‘tudo isso que está aí’; “mais importante que ter conhecimento é ser ‘crítico’.”

Claro que a intelectualidade rasa de pedagogos de panfleto e burocratas carreiristas ganhou um imenso impulso com a mercantilização desabrida do ensino: agora, o discurso anti-disciplina é anabolizado pela lógica doentia e desonesta da paparicação ao aluno – cliente
...


Estamos criando gerações em que uma parcela considerável de nossos cidadãos é composta de adultos mimados, despreparados para os problemas, decepções e desafios da vida, incapazes de lidar com conflitos e, pior, dotados de uma delirante certeza de que “o mundo lhes deve algo”.

Um desses jovens, revoltado com suas notas baixas, cravou uma faca com dezoito centímetros de lâmina, bem no coração de um professor. Tirou-lhe tudo o que tinha e tudo o que poderia vir a ter, sentir, amar.

Ao assassino, corretamente , deverão ser concedidos todos os direitos que a lei prevê: o direito ao tratamento humano, o direito à ampla defesa, o direito de não ser condenado em pena maior do que a prevista em lei. Tudo isso, e muito mais, fará parte do devido processo legal, que se iniciará com a denúncia, a ser apresentada pelo Ministério Público. A acusação penal a o autor do homicídio covarde virá do promotor de justiça. Mas, com a licença devida ao célebre texto de Emile Zola, EU ACUSO tantos outros que estão por trás do cabo da faca:





EU ACUSO



EU ACUSO a pedagogia ideologizada, que pretende relativizar tudo e todos, equiparando certo ao errado e vice-versa;


EU ACUSO os pseudo-intelectuais de panfleto, que romantizam a “revolta dos oprimidos”e justificam a violência por parte daqueles que se sentem vítimas;


EU ACUSO os burocratas da educação e suas cartilhas do politicamente correto, que impedem a escola de constar faltas graves no histórico escolar, mesmo de alunos criminosos, deixando-os livres para tumultuar e cometer crimes em outras escolas;


EU ACUSO a hipocrisia de exigir professores com mestrado e doutorado, muitos dos quais, no dia a dia, serão pressionados a dar provas bem tranqüilas, provas de mentirinha, para “adequar a avaliação ao perfil dos alunos”;


EU ACUSO os últimos tantos Ministros da Educação, que em nome de estatísticas hipócritas e interesses privados, permitiram a proliferação de cursos superiores completamente sem condições, freqüentados por alunos igualmente sem condições de ali estar;


EU ACUSO a mercantilização cretina do ensino, a venda de diplomas e títulos sem o mínimo de interesse e de responsabilidade com o conteúdo e formação dos alunos, bem como de suas futuras missões na sociedade;


EU ACUSO a lógica doentia e hipócrita do aluno-cliente, cada vez menos exigido e cada vez mais paparicado e enganado, o qual, finge que não sabe que, para a escola que lhe paparica, seu boleto hoje vale muito mais do que seu sucesso e sua felicidade amanhã;


EU ACUSO a hipocrisia das escolas que jamais reprovam seus alunos, as quais formam  analfabetos funcionais só para maquiar estatísticas do IDH e dizer ao mundo que o número de alunos com segundo grau completo cresceu “tantos por cento”;


EU ACUSO os que aplaudem tais escolas e ainda trabalham pela massificação do ensino superior, sem entender que o aluno que ali chega deve ter o mínimo de preparo civilizacional, intelectual e moral, pois estamos chegando ao tempo no qual o aluno “terá direito” de se tornar médico ou advogado sem sequer saber escrever, tudo para o desespero de seus futuros clientes-cobaia;


EU ACUSO os que agora falam em promover um “novo paradigma”, uma “ nova cultura de paz”, pois o que se deve promover é a boa e VELHA cultura da “vergonha na cara”, do respeito às normas, à autoridade e do respeito ao ambiente universitário como um ambiente de busca do conhecimento;


EU ACUSO os “cabeça – boa” que acham e ensinam que disciplina é “careta”, que respeito às normas é coisa de velho decrépito;  


EU ACUSO os métodos de avaliação de professores, que se tornaram templos de vendilhões, nos quais votos são comprados e vendidos em troca de piadinhas, sorrisos e notas fáceis;  


EU ACUSO os alunos que protestam contra a impunidade dos políticos, mas gabam-se de colar nas provas, assim como ACUSO os professores que, vendo tais alunos colarem, não têm coragem de aplicar a devida punição. 


EU VEEMENTEMENTE ACUSO os diretores e coordenadores que impedem os professores de punir os alunos que colam, ou pretendem que os professores sejam “promoters” de seus cursos;  

EU ACUSO os diretores e coordenadores que toleram condutas desrespeitosas de alunos contra professores e funcionários, pois sua omissão quanto aos pequenos incidentes é diretamente responsável pela ocorrência dos incidentes maiores;
Uma multidão de filhos tiranos que se tornam alunos -clientes, serão despejados na vida como adultos eternamente infantilizados e totalmente despreparados, tanto tecnicamente para o exercício da profissão, quanto pessoalmente para os conflitos, desafios e decepções do dia a dia.  


Ensimesmados em seus delírios de perseguição ou de grandeza, estes jovens mostram cada vez menos preparo na delicada e essencial arte que é lidar com aquele ser complexo e imprevisível que podemos chamar de “o outro”[o próximo].  


A infantilização eterna cria a seguinte e horrenda lógica, hoje na cabeça de muitas crianças em corpo de adulto: “Se eu tiro nota baixa, a culpa é do professor. Se não tenho dinheiro, a culpa é do patrão. Se me drogo, a culpa é dos meus pais. Se furto, roubo, mato, a culpa é do sistema. Eu, sou apenas uma vítima. Uma eterna vítima. 


O opressor é você, que trabalha, paga suas contas em dia e vive sua vida. Minhas coisas não saíram como eu queria. Estou com muita raiva. Quando eu era criança, eu batia os pés no chão. Mas agora, fisicamente, eu cresci. Portanto, você pode ser o próximo.”  


Qualquer um de nós pode ser o próximo, por qualquer motivo. Em qualquer lugar, dentro ou fora das escolas. 
A facada ignóbil no professor Kássio dói no peito de todos nós. Que a sua morte não seja em vão. 


É hora de repensarmos a educação brasileira e abrirmos mão dos modismos e invencionices. 



A melhor “nova cultura de paz” que podemos adotar nas escolas e universidades é fazermos as pazes com os bons e velhos conceitos de seriedade, responsabilidade, disciplina e estudo de verdade.

Igor Pantuzza Wildmann
Advogado – Doutor em Direito. Professor universitário.





Moral da História, as boas e velhas palmadas na hora que seu filhinho fizer algo errado, vai ensinar a ele que quando ele estiver na universidade ele não deve esfaquear o professor dele, porque lhe deu notas baixas.

Ensina a criança no caminho em que deve andar,
e, ainda quando for velho,
não se desviará dele.
PROVÉRBIOS 22:6

A estultícia está ligada ao coração da criança,
mas a vara da disciplina a afastará dela.
PROVÉRBIOS 22:15


A disciplina com a vara não matará a criança,
Muito pelo contrário.
Poupará a sua vida de uma morte Prematura.
PROVÉRBIOS 23:13 [interpretação do texto]

Bem amados, que o texto traga edificação para você e sua família.
Bjs.










quinta-feira, 9 de junho de 2011

UMA BABÁ OU UM MONSTRO?




Hoje de manhã assistindo à TV, vi mais uma reportagem de babá agredindo um bebê, isso me lembrou uma vez em que presenciei algo assim e não fiquei calada.
Foi mais ou menos em 1995, eu trabalhava como balconista em uma farmácia e todos os dias pegava o ônibus e nele sempre encontrava um grupo de garotas, elas, pelo que falavam, eram empregadas domésticas ou babás e falavam alto sobre suas aventuras e uma delas reclamava da menina que cuidava, dizia que era mimada e chata, na hora nem liguei. o ônibus estava cheio e eu louca pra descer.
Uma manhã estava na farmácia quando vi a garota entrar com uma menininha, ela devia ter uns 04 anos, era muito fofa e eu já a tinha visto antes na farmácia. Eu estava atendendo um cliente mas fiquei observando as duas, logo chegou outra garota, era uma das amiga da babá, elas começaram a conversar deixaram a menina solta pela loja,  a menina parou na frente da máquina de bichinhos de pelúcia e pediu para a sua babá, esta soltou um monte de palavrões e puxou ela pelo braço pra onde ela estava com a outra garota, pouco depois a menina se soltou de novo e foi pra geladeira de refrigerantes e pediu um refrigerante alegando que estava com sede, novamente a babá veio e a puxou com violência e desta vez a menina chorou porque com certeza doeu e a garota dizia, ''eu não tenho dinheiro sua[um palavrão], só se eu tirar do meu [um palavrão], pede pro teu pai, aquele [um palavrão]. eu estava terminando de atender o cliente e já ia lá, mas ela foi embora, eu estava furiosa, queria ir atrás mas, estava só na loja, queria seguir ela e contar tudo pra mãe da menina, mas com certeza os pais deviam passar o dia fora, voltei pra loja e tomei um copo d'água.
Não demorou uma semana, já era noite quando vi um casal entrar na farmácia, e nos braços do pai, a garotinha do outro dia, meu coração acelerou, eu estava atendendo um cliente e minha amiga atendeu eles, eu terminei com o meu cliente e fui para o caixa, quando a mãe foi pagar a conta eu chamei ela pra falar.- a senhora é a mãe daquela garotinha? ela sorriu e disse sim. eu disse - eu quero lhe fazer uma denuncia, a babá da menina maltrata ela.
A mulher na mesma hora chamou o marido, ela ficou nervosa e a voz tremia.
- Na semana passada elas vieram aqui e quando a menina pediu um ursinho ela xingou a criança e puxou pelo braço, depois fez a mesma coisa quando a menina pediu refrigerante, dessa vez ela puxou mais forte que doeu o braço da menina e ela chorou muito.
os olhos da mãe estavam cheios de lágrimas, nos olhos do pai raiva. eu expliquei que não denunciei na hora porque não sabia onde elas moravam e porque não pude sair da loja.
A mãe disse que na semana passada a menina reclamou mesmo de dor no braço, e que andava falando muitos palavrões, ela achava que ela aprendia no colégio e tentava corrigir, a mãe perguntou pra menina se a ''fulana babá'' batia nela e a menina disse que sim.
Os pais me agradeceram e foram embora da loja com a menina nos braços, a mãe beijava a menina e chorava.
Senti que tinha feito a minha parte, depois disso só vi a menina acompanhada dos pais, que sempre que me viam me agradeciam.
Agora questionando sobre as autoridades que mesmo com fitas de vídeo, diz que não vai prender A babá porque não houve flagrante, o que eles querem? que os bebes sejam torturados e mortos para que tomem providencia? a exemplo das meninas ISABELA NARDONI e JOANNA MARCENAL, que apesar da denuncia das mães, a justiça continuou permitindo que os pais tivessem acesso às crianças?
Bom acho que este relato fala por si só. encontro vocês em outra ocasião.
bjs.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

CONFLITOS

Hoje o dia amanheceu nublado, mas eu estava pensando, não é só o dia que está nublado... o meu coração também está assim... dizem que o primeiro passo pra gente se curar da doença é admitir que está doente, pois então eu admito...estou doente ESPIRITUALMENTE.
Tem Acontecido tantas coisas ruins em minha vida que me senti fraca, abandonada por Deus, mas eu sei que ELE está por perto, mas sou eu que não estou mais me sentindo digna de te-lo por perto, porque estou me sentindo fraca, não consigo transpor as batalhas que me aparecem, não consigo vislumbrar A luz no fim do túnel, não consigo ver novas expectativas, não consigo enxergar ''O QUE'' ELE quer me ensinar, mas eu sei que tudo vem DELE, que tudo só acontecesse com a permissão DELE.
Então fui eu que errei, orei de menos, louvei de menos, trabalhei pra ELE de menos, falei NELE de menos, e por tudo isso MEU DEUS, te peço perdão, me perdoa por não ter sido uma pessoa melhor, por não ter sido uma filha melhor, por não ter sido uma mãe melhor, por não ter sido uma irmã melhor, por não ter sido uma tia melhor, por não ter sido uma amiga melhor, por não ter sido uma colega de serviço melhor, por não ter sido uma vizinha melhor, por não ter sido uma CRISTÃ melhor...
Me perdoa meu DEUS, por não te ouvir como devia, por não te obedecer como devia, por não seguir teus ensinamentos como devia, por não ser santa como TU, meu Senhor...
Sei que apesar dessa minha natureza pecaminosa, o SENHOR me Ama, me amou primeiro, morreu para eu tivesse vida eterna, sofreu todos os flagelos em meu lugar, foi humilhado, escarnecido, para que EU... Uma mísera larva debulhada em lama, uma poeira da beira da estrada, uma gota de água do oceano,  um átomo de oxigênio ao vento, sim, sofreu tudo para que eu fosse salva... 
Então o que há comigo? porque não te ouço? todos falam que em meio as provas o Senhor se manifesta e nos segura pela mão e nos tira do sofrimento que passamos. 
Então estou tão Absorta com as perguntas que não estou escutando o SENHOR me responder...
Estou querendo respostas em meu tempo...e o meu tempo não é o mesmo tempo de DEUS, a Palavra diz que devo descansar NELE, esperar NELE, mas é difícil SENHOR, isso não é uma tarefa fácil, mas de uma coisa eu tenho certeza, o meu AMOR por DEUS existe, eu O amo, e sei que mesmo sendo assim, fraca, impaciente, mulher de pouca fé, sinto sua presença comigo e Acredite, apesar de tantos questionamentos é essa certeza que me sustem, a certeza de que ELE me ama e que se cuida dos lírios no campo, nunca me Abandonará. 
Este é apenas um desabafo de uma serva em tribulação, mas se não fosse serva não haveria tribulação, e se não houvesse tribulação, não haveria vitórias....
E é essa vitória que aguarda, cheio de esperança, o meu pequeno coração.

SALMO 27:14
Espera pelo SENHOR,
tem bom ânimo,
e fortifique-se o teu coração;
espera, pois, pelo SENHOR.

JOÃO 14:1
Não se turbe o vosso coração;
credes em DEUS,
crede também em MIM.