quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Mestre, chegou a bonança!



O Hino 254, SOSSEGAI, do Hinário Presbiteriano, foi um companheiro muito constante na minha travessia pelo meu ''VALE DE BACA''.
No primeiro verso ele conta as minhas aflições durante as provações, eu estava em sofrimentos, muitos medos, até questionei; Como podes o meu Deus não se manifestar nesta minha aflição?
No segundo verso eu me vejo em tristezas, chorei muito durante esse ano que se passou. Primeiro sofri um acidente que me deixou com dificuldades para andar, com a enfermidade, não pude completar minha renda como antes, o que me levou a depender da ajuda de irmãos, pessoas maravilhosas a quem serei eternamente grata, perdi uma questão na justiça que já dava como ganha, durante o inverno entrou água em minha casa, perdi móveis, a água prejudicou a estrutura da casa, e o mais doloroso... perdi um amigo, alguém que amava demais, foi vencido pelas artimanhas do ''inimigo'', esse fato me deixou fragilizada espiritualmente, e como no segundo verso, clamei a Deus para que não demorasse a vir me valer, que não demorasse a vir me acudir.
Mas nosso Deus é tremendo! Ele me provou que nesse ultimo ano nunca me abandonou, eu apenas estava sendo moldada, o oleiro estava refazendo o vaso com defeito, o jardineiro estava podando a árvore, para que desse bons frutos... Exatamente como Ele diz no refrão...
''As ondas atendem ao meu mandar: sossegai!
Seja o encapelado mar,
A ira dos homens, o gênio do mal;
Tais águas não podem a nau tragar,
Que leva o Senhor, Rei do céu e mar!
Pois todos ouvem ao meu mandar:
Sossegai! Sossegai!
Convosco estou para vos salvar; Sossegai!''

Agora amados leitores, anseio pelo dia em que cantarei a ultima estrofe desse belo hino, onde verei a bonança, onde a tempestade outrora feroz agora é só brisa, meu coração em paz com a certeza que nunca fui abandonada por meu Pai, e que firme nas promessas de Deus, alcançarei o outro lado do vale de baca, seguro, em paz, pois o meu Pai é o Rei de todos os reis, o dono da terra e do céu.
Esse é a situação que me encontro agora, fiz uma cirurgia de reconstrução dos ligamentos do joelho, estou na fase da fisioterapia, em breve estarei nova em folha, pois a obra não pode parar, mas a PAZ que mora em meu coração me dá a certeza que essa tempestade passou, que é uma questão de tempo para voltar a desempenhar meu papel de ceifeiro na seara santa...
Bom queridos, por hoje é só.
Bjs. Até a próxima.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Estou voltando.....

ELA VOLTOU.... A BLOGUEIRA VOLTOU NOVAMENTE... 
Rsrs, não é o boêmio não, sou eu mesma, por motivos que vou esclarecer a vocês nas próximas postagens, tive que me afastar, infelizmente não deu nem pra dizer tchau, mas a volta é certa e acreditem, tenho muitas novas ''velhas'' histórias pra compartilhar com vocês...
Me aguardem queridos leitores, logo, logo, estarei na ativa...
Bjs. 

terça-feira, 21 de junho de 2011

EU ACUSO

Este texto foi lido ontem pelo Ten.Cel.PMMA José de Ribamar Pereira Silva Filho, Coordenador Estadual do PROERD [Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência] no culto de formatura do Proerd, em que minha Amandinha de formou.  




J’ACUSE !!!
(Eu acuso !)
(Tributo ao professor Kássio Vinícius Castro Gomes)
“Mon devoir est de parler, je ne veux pas être complice.”
(Émile Zola)
“Meu dever é falar, não quero ser cúmplice.”
(Émile Zola)

 professor Kássio Vinícius Castro Gomes

Foi uma tragédia fartamente anunciada. Em milhares de casos, desrespeito. Em outros tantos, escárnio. Em Belo Horizonte, um estudante processa a escola e o professor que lhe deu notas baixas, alegando que teve danos morais ao ter que virar noites estudando para a prova subsequente. (Notem bem: o alegado “dano moral” do estudante foi ter que... estudar!).


A coisa não fica apenas por aí. Pelo Brasil afora, ameaças constantes. Ainda neste ano, uma professora brutalmente espancada por um aluno. O ápice desta escalada macabra não poderia ser outro.


O professor Kássio Vinícius Castro Gomes pagou com sua vida, com seu futuro, com o futuro de sua esposa e filhos, com as lágrimas eternas de sua mãe, pela irresponsabilidade que há muito vem tomando conta dos ambientes escolares.
Há uma lógica perversa por trás dessa asquerosa escalada. A promoção do desrespeito aos valores, ao bom senso, às regras de bem viver e à autoridade foi elevada a método de ensino e  imperativo de convivência supostamente democrática.


No início, foi o maio de 68, em Paris: gritava-se nas ruas que “era proibido proibir”. Depois, a geração do “não bate, que traumatiza”. A coisa continuou: “Não reprove, que atrapalha”. Não dê provas difíceis, pois “temos que respeitar o perfil dos nossos alunos”. Aliás, “prova não prova nada”. Deixe o aluno “construir seu conhecimento.” Não vamos avaliar o aluno. Pensando bem, “é o aluno que vai avaliar o professor”. Afinal de contas, ele está pagando...  


E como a estupidez humana não tem limite, a avacalhação geral epidêmica, travestida de “novo paradigma” (Irc!), prosseguiu a todo vapor, em vários setores: “o bandido é vítima da sociedade”, “temos que mudar ‘tudo isso que está aí’; “mais importante que ter conhecimento é ser ‘crítico’.”

Claro que a intelectualidade rasa de pedagogos de panfleto e burocratas carreiristas ganhou um imenso impulso com a mercantilização desabrida do ensino: agora, o discurso anti-disciplina é anabolizado pela lógica doentia e desonesta da paparicação ao aluno – cliente
...


Estamos criando gerações em que uma parcela considerável de nossos cidadãos é composta de adultos mimados, despreparados para os problemas, decepções e desafios da vida, incapazes de lidar com conflitos e, pior, dotados de uma delirante certeza de que “o mundo lhes deve algo”.

Um desses jovens, revoltado com suas notas baixas, cravou uma faca com dezoito centímetros de lâmina, bem no coração de um professor. Tirou-lhe tudo o que tinha e tudo o que poderia vir a ter, sentir, amar.

Ao assassino, corretamente , deverão ser concedidos todos os direitos que a lei prevê: o direito ao tratamento humano, o direito à ampla defesa, o direito de não ser condenado em pena maior do que a prevista em lei. Tudo isso, e muito mais, fará parte do devido processo legal, que se iniciará com a denúncia, a ser apresentada pelo Ministério Público. A acusação penal a o autor do homicídio covarde virá do promotor de justiça. Mas, com a licença devida ao célebre texto de Emile Zola, EU ACUSO tantos outros que estão por trás do cabo da faca:





EU ACUSO



EU ACUSO a pedagogia ideologizada, que pretende relativizar tudo e todos, equiparando certo ao errado e vice-versa;


EU ACUSO os pseudo-intelectuais de panfleto, que romantizam a “revolta dos oprimidos”e justificam a violência por parte daqueles que se sentem vítimas;


EU ACUSO os burocratas da educação e suas cartilhas do politicamente correto, que impedem a escola de constar faltas graves no histórico escolar, mesmo de alunos criminosos, deixando-os livres para tumultuar e cometer crimes em outras escolas;


EU ACUSO a hipocrisia de exigir professores com mestrado e doutorado, muitos dos quais, no dia a dia, serão pressionados a dar provas bem tranqüilas, provas de mentirinha, para “adequar a avaliação ao perfil dos alunos”;


EU ACUSO os últimos tantos Ministros da Educação, que em nome de estatísticas hipócritas e interesses privados, permitiram a proliferação de cursos superiores completamente sem condições, freqüentados por alunos igualmente sem condições de ali estar;


EU ACUSO a mercantilização cretina do ensino, a venda de diplomas e títulos sem o mínimo de interesse e de responsabilidade com o conteúdo e formação dos alunos, bem como de suas futuras missões na sociedade;


EU ACUSO a lógica doentia e hipócrita do aluno-cliente, cada vez menos exigido e cada vez mais paparicado e enganado, o qual, finge que não sabe que, para a escola que lhe paparica, seu boleto hoje vale muito mais do que seu sucesso e sua felicidade amanhã;


EU ACUSO a hipocrisia das escolas que jamais reprovam seus alunos, as quais formam  analfabetos funcionais só para maquiar estatísticas do IDH e dizer ao mundo que o número de alunos com segundo grau completo cresceu “tantos por cento”;


EU ACUSO os que aplaudem tais escolas e ainda trabalham pela massificação do ensino superior, sem entender que o aluno que ali chega deve ter o mínimo de preparo civilizacional, intelectual e moral, pois estamos chegando ao tempo no qual o aluno “terá direito” de se tornar médico ou advogado sem sequer saber escrever, tudo para o desespero de seus futuros clientes-cobaia;


EU ACUSO os que agora falam em promover um “novo paradigma”, uma “ nova cultura de paz”, pois o que se deve promover é a boa e VELHA cultura da “vergonha na cara”, do respeito às normas, à autoridade e do respeito ao ambiente universitário como um ambiente de busca do conhecimento;


EU ACUSO os “cabeça – boa” que acham e ensinam que disciplina é “careta”, que respeito às normas é coisa de velho decrépito;  


EU ACUSO os métodos de avaliação de professores, que se tornaram templos de vendilhões, nos quais votos são comprados e vendidos em troca de piadinhas, sorrisos e notas fáceis;  


EU ACUSO os alunos que protestam contra a impunidade dos políticos, mas gabam-se de colar nas provas, assim como ACUSO os professores que, vendo tais alunos colarem, não têm coragem de aplicar a devida punição. 


EU VEEMENTEMENTE ACUSO os diretores e coordenadores que impedem os professores de punir os alunos que colam, ou pretendem que os professores sejam “promoters” de seus cursos;  

EU ACUSO os diretores e coordenadores que toleram condutas desrespeitosas de alunos contra professores e funcionários, pois sua omissão quanto aos pequenos incidentes é diretamente responsável pela ocorrência dos incidentes maiores;
Uma multidão de filhos tiranos que se tornam alunos -clientes, serão despejados na vida como adultos eternamente infantilizados e totalmente despreparados, tanto tecnicamente para o exercício da profissão, quanto pessoalmente para os conflitos, desafios e decepções do dia a dia.  


Ensimesmados em seus delírios de perseguição ou de grandeza, estes jovens mostram cada vez menos preparo na delicada e essencial arte que é lidar com aquele ser complexo e imprevisível que podemos chamar de “o outro”[o próximo].  


A infantilização eterna cria a seguinte e horrenda lógica, hoje na cabeça de muitas crianças em corpo de adulto: “Se eu tiro nota baixa, a culpa é do professor. Se não tenho dinheiro, a culpa é do patrão. Se me drogo, a culpa é dos meus pais. Se furto, roubo, mato, a culpa é do sistema. Eu, sou apenas uma vítima. Uma eterna vítima. 


O opressor é você, que trabalha, paga suas contas em dia e vive sua vida. Minhas coisas não saíram como eu queria. Estou com muita raiva. Quando eu era criança, eu batia os pés no chão. Mas agora, fisicamente, eu cresci. Portanto, você pode ser o próximo.”  


Qualquer um de nós pode ser o próximo, por qualquer motivo. Em qualquer lugar, dentro ou fora das escolas. 
A facada ignóbil no professor Kássio dói no peito de todos nós. Que a sua morte não seja em vão. 


É hora de repensarmos a educação brasileira e abrirmos mão dos modismos e invencionices. 



A melhor “nova cultura de paz” que podemos adotar nas escolas e universidades é fazermos as pazes com os bons e velhos conceitos de seriedade, responsabilidade, disciplina e estudo de verdade.

Igor Pantuzza Wildmann
Advogado – Doutor em Direito. Professor universitário.





Moral da História, as boas e velhas palmadas na hora que seu filhinho fizer algo errado, vai ensinar a ele que quando ele estiver na universidade ele não deve esfaquear o professor dele, porque lhe deu notas baixas.

Ensina a criança no caminho em que deve andar,
e, ainda quando for velho,
não se desviará dele.
PROVÉRBIOS 22:6

A estultícia está ligada ao coração da criança,
mas a vara da disciplina a afastará dela.
PROVÉRBIOS 22:15


A disciplina com a vara não matará a criança,
Muito pelo contrário.
Poupará a sua vida de uma morte Prematura.
PROVÉRBIOS 23:13 [interpretação do texto]

Bem amados, que o texto traga edificação para você e sua família.
Bjs.










quinta-feira, 9 de junho de 2011

UMA BABÁ OU UM MONSTRO?




Hoje de manhã assistindo à TV, vi mais uma reportagem de babá agredindo um bebê, isso me lembrou uma vez em que presenciei algo assim e não fiquei calada.
Foi mais ou menos em 1995, eu trabalhava como balconista em uma farmácia e todos os dias pegava o ônibus e nele sempre encontrava um grupo de garotas, elas, pelo que falavam, eram empregadas domésticas ou babás e falavam alto sobre suas aventuras e uma delas reclamava da menina que cuidava, dizia que era mimada e chata, na hora nem liguei. o ônibus estava cheio e eu louca pra descer.
Uma manhã estava na farmácia quando vi a garota entrar com uma menininha, ela devia ter uns 04 anos, era muito fofa e eu já a tinha visto antes na farmácia. Eu estava atendendo um cliente mas fiquei observando as duas, logo chegou outra garota, era uma das amiga da babá, elas começaram a conversar deixaram a menina solta pela loja,  a menina parou na frente da máquina de bichinhos de pelúcia e pediu para a sua babá, esta soltou um monte de palavrões e puxou ela pelo braço pra onde ela estava com a outra garota, pouco depois a menina se soltou de novo e foi pra geladeira de refrigerantes e pediu um refrigerante alegando que estava com sede, novamente a babá veio e a puxou com violência e desta vez a menina chorou porque com certeza doeu e a garota dizia, ''eu não tenho dinheiro sua[um palavrão], só se eu tirar do meu [um palavrão], pede pro teu pai, aquele [um palavrão]. eu estava terminando de atender o cliente e já ia lá, mas ela foi embora, eu estava furiosa, queria ir atrás mas, estava só na loja, queria seguir ela e contar tudo pra mãe da menina, mas com certeza os pais deviam passar o dia fora, voltei pra loja e tomei um copo d'água.
Não demorou uma semana, já era noite quando vi um casal entrar na farmácia, e nos braços do pai, a garotinha do outro dia, meu coração acelerou, eu estava atendendo um cliente e minha amiga atendeu eles, eu terminei com o meu cliente e fui para o caixa, quando a mãe foi pagar a conta eu chamei ela pra falar.- a senhora é a mãe daquela garotinha? ela sorriu e disse sim. eu disse - eu quero lhe fazer uma denuncia, a babá da menina maltrata ela.
A mulher na mesma hora chamou o marido, ela ficou nervosa e a voz tremia.
- Na semana passada elas vieram aqui e quando a menina pediu um ursinho ela xingou a criança e puxou pelo braço, depois fez a mesma coisa quando a menina pediu refrigerante, dessa vez ela puxou mais forte que doeu o braço da menina e ela chorou muito.
os olhos da mãe estavam cheios de lágrimas, nos olhos do pai raiva. eu expliquei que não denunciei na hora porque não sabia onde elas moravam e porque não pude sair da loja.
A mãe disse que na semana passada a menina reclamou mesmo de dor no braço, e que andava falando muitos palavrões, ela achava que ela aprendia no colégio e tentava corrigir, a mãe perguntou pra menina se a ''fulana babá'' batia nela e a menina disse que sim.
Os pais me agradeceram e foram embora da loja com a menina nos braços, a mãe beijava a menina e chorava.
Senti que tinha feito a minha parte, depois disso só vi a menina acompanhada dos pais, que sempre que me viam me agradeciam.
Agora questionando sobre as autoridades que mesmo com fitas de vídeo, diz que não vai prender A babá porque não houve flagrante, o que eles querem? que os bebes sejam torturados e mortos para que tomem providencia? a exemplo das meninas ISABELA NARDONI e JOANNA MARCENAL, que apesar da denuncia das mães, a justiça continuou permitindo que os pais tivessem acesso às crianças?
Bom acho que este relato fala por si só. encontro vocês em outra ocasião.
bjs.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

CONFLITOS

Hoje o dia amanheceu nublado, mas eu estava pensando, não é só o dia que está nublado... o meu coração também está assim... dizem que o primeiro passo pra gente se curar da doença é admitir que está doente, pois então eu admito...estou doente ESPIRITUALMENTE.
Tem Acontecido tantas coisas ruins em minha vida que me senti fraca, abandonada por Deus, mas eu sei que ELE está por perto, mas sou eu que não estou mais me sentindo digna de te-lo por perto, porque estou me sentindo fraca, não consigo transpor as batalhas que me aparecem, não consigo vislumbrar A luz no fim do túnel, não consigo ver novas expectativas, não consigo enxergar ''O QUE'' ELE quer me ensinar, mas eu sei que tudo vem DELE, que tudo só acontecesse com a permissão DELE.
Então fui eu que errei, orei de menos, louvei de menos, trabalhei pra ELE de menos, falei NELE de menos, e por tudo isso MEU DEUS, te peço perdão, me perdoa por não ter sido uma pessoa melhor, por não ter sido uma filha melhor, por não ter sido uma mãe melhor, por não ter sido uma irmã melhor, por não ter sido uma tia melhor, por não ter sido uma amiga melhor, por não ter sido uma colega de serviço melhor, por não ter sido uma vizinha melhor, por não ter sido uma CRISTÃ melhor...
Me perdoa meu DEUS, por não te ouvir como devia, por não te obedecer como devia, por não seguir teus ensinamentos como devia, por não ser santa como TU, meu Senhor...
Sei que apesar dessa minha natureza pecaminosa, o SENHOR me Ama, me amou primeiro, morreu para eu tivesse vida eterna, sofreu todos os flagelos em meu lugar, foi humilhado, escarnecido, para que EU... Uma mísera larva debulhada em lama, uma poeira da beira da estrada, uma gota de água do oceano,  um átomo de oxigênio ao vento, sim, sofreu tudo para que eu fosse salva... 
Então o que há comigo? porque não te ouço? todos falam que em meio as provas o Senhor se manifesta e nos segura pela mão e nos tira do sofrimento que passamos. 
Então estou tão Absorta com as perguntas que não estou escutando o SENHOR me responder...
Estou querendo respostas em meu tempo...e o meu tempo não é o mesmo tempo de DEUS, a Palavra diz que devo descansar NELE, esperar NELE, mas é difícil SENHOR, isso não é uma tarefa fácil, mas de uma coisa eu tenho certeza, o meu AMOR por DEUS existe, eu O amo, e sei que mesmo sendo assim, fraca, impaciente, mulher de pouca fé, sinto sua presença comigo e Acredite, apesar de tantos questionamentos é essa certeza que me sustem, a certeza de que ELE me ama e que se cuida dos lírios no campo, nunca me Abandonará. 
Este é apenas um desabafo de uma serva em tribulação, mas se não fosse serva não haveria tribulação, e se não houvesse tribulação, não haveria vitórias....
E é essa vitória que aguarda, cheio de esperança, o meu pequeno coração.

SALMO 27:14
Espera pelo SENHOR,
tem bom ânimo,
e fortifique-se o teu coração;
espera, pois, pelo SENHOR.

JOÃO 14:1
Não se turbe o vosso coração;
credes em DEUS,
crede também em MIM.


quarta-feira, 30 de março de 2011

Ela era só uma menina...





 Hoje assistindo ao noticiário local soube que a polícia civil do Estado está em greve, e tristemente me lembrei de uma história que aconteceu em Porto Alegre - RS em 1991.
Eu trabalhava no dep. Pessoal de uma rede de lojas e a policia civil de lá também estava em greve reivindicando melhores condições de salário, etc, etc e tal..
Bom, eu era responsável pelo registro dos novos funcionários, e tinha uma menina, ela tinha no   máximo uns 15 ou 16 anos, que eu havia registrado ha somente uma semana, eu fazia muitos registros semanalmente pq era uma empresa grande com mais de 15 lojas de departamentos e confecções; dificilmente eu me lembraria de alguém que tivesse registrado depois de uma semana, mas aquela menina era diferente, ela era linda, educada e tinha um jeitinho muito delicado.
Eu estava distraída com novos registros quando a menina apareceu na minha sala, ela estava acompanhada da mãe, a visão que eu tive naquele instante foi aterradora, ela estava com os braços   quebrados engessados, com a cabeça enfaixada, dente quebrado, o rosto deformado. Eu estava tão perplexa com tanta violência junta que fiquei sem palavras, levantei e fui até ela, que mal conseguia falar, foi sua  mãe que contou o que tinha acontecido com ela.
Ela trabalhava em uma das lojas de departamentos da Empresa e no final do seu dia de trabalho, seguiu como sempre fazia da loja para a parada de ônibus, mas nesse dia, ha três  dias atrás, tinha sido diferente, dentro do ônibus ela percebeu que dois homens a olhavam insistentemente mas, inocente nem ligou, pois como era muito bonita, se acostumou com olhares indiscretos e insistentes ( e vocês sabem como as gaúchas são lindas). Bom, chegou o ponto em que ela tinha que descer, e eles a seguiram, e havia um terreno baldio e foi nesse instante que eles a atacaram, arrastaram-na para aquele terreno, espancaram-na e a violentaram barbaramente, quebraram seus braços, alguns de seus dentes, sua cabeça, ela desmaiou e eles achando que ela tinha morrido, abandonaram ela sua à própria sorte, ou melhor dizendo nesse  momento, ao seu próprio azar.
Sua mãe estranhou seu atraso e foi atrás da filha,  mas não a encontrou, passou todos os ônibus possíveis e a filha querida não chegou, Deus sabe o sofrimento que essa mãe passou a noite toda em claro esperando que alguém chegasse com alguma noticia da menina, mas foi tudo e vão, raiou o dia e ela foi ao serviço da jovem, talvez tivesse resolvido passar a noite na casa de uma colega e não teve como avisar, mas lá ela também não estava, perguntando pra um e pra outro descobriu que ela havia pego o mesmo ônibus que uma colega, então o que aconteceu, aconteceu na descida do ônibus, no seu bairro. É aí, que NÃO entra a polícia, pois a mãe desesperada procurou por eles, e eles disseram que não podiam fazer nada porque estavam em greve por tempo indeterminado. Ela voltou pra casa e não desistiu, reuniu todos os vizinhos e começaram a procurar por todos os lugares, um grupo entrou no dito terreno e não demorou   muito acharam a menina, desmaiada e esvaindo-se em sangue, isso já era de tarde, ela foi levada para o hospital o que resultou na visão que descrevi a vocês ainda a pouco.
E o que mais me impressionou é que ela, com toda essa desgraça que aconteceu, estava preocupada em não perder o emprego, eu até tentei interceder por ela mas, a direção optou por reincidir o contrato, pois sua recuperação seria longa e demorada.
E ela nem pôde denunciar a violência que sofrera porque a Polícia Civil do RIO GRANDE DO SUL, estava em greve...
Eu rogo a Deus que nenhuma mãe, esteja passando ou venha a passar por algo parecido, porque a nossa Polícia Civil está em greve por tempo indeterminado...
E mais ainda, que aquela criança tenha superado aquele trauma e com o amor de Deus, tenha se tornado uma pessoa melhor que aqueles monstros que a atacaram...
Ela era só uma menina... 


sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

''PRECONCEITO''



Ontem minha filha caçula, Amandinha, me pediu para ajuda-la na lição de casa, ela tinha que criar uma poesia sobre PRECONCEITO, então sentamos, e eu pensei, existe melhor poesia CONTRA o PRECONCEITO  do que o IDE? 

Em MARCOS 16:15; 
E disse-lhe Jesus: Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura

É, mas aí entraria vários conceitos doutrinários e interpretações diversas, então optamos por ficar com... A LEI MAIOR ...  ''O AMOR''.

Em ROMANOS 13:8-10;
A ninguém fiqueis devendo cousa alguma, exceto o AMOR com que vos ameis uns aos outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a lei. Pois isto: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e, se há qualquer outro mandamento, tudo nesta palavra se RESUME: AMARÁS O TEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO. O amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o AMOR.

A poesia ficou assim...

PRECONCEITO

I

Um dia ELE criou o mundo,
E encheu de filhos seus.
A todos amou com amor profundo,
Negros, brancos, amarelos e judeus.

II

Nunca discriminou a ninguém,
Seu Amor sempre foi perfeito.
Esse amor nos levará além,
E todos os seus filhos tem direito.

III

Deus condena o preconceito,
E em tudo devemos LHE obedecer.
Devemos amar a todos do mesmo jeito,
Para o Amor de todos merecer.


Rogo a Deus que conserve a minha descendência sempre à LUZ da sua Palavra, esse é o desejo de toda mãe...
bjs e até outro dia. 





sábado, 29 de janeiro de 2011

Aconteceu na Esquina Democrática em Porto Alegre.



No dia 08 de agosto de 1990, amanheceu parecendo que ia ser mais um dia comum, eu morava na parada 13 da Lomba do Pinheiro- Viamão, região metropolitana de Porto Alegre, e trabalhava bem no Centro da cidade, na av. Otávio rocha, entre a Rua vig.josé inácio e a Mal.Floriano Peixoto, estou descrevendo o endereço porque o que vou relatar aconteceu na esquina adiante de onde eu estava.
Bom, nesse dia, cheguei ao serviço e já soube pelo porteiro do prédio que estava acontecendo uma manifestação em frente ao Palácio Piratini, sede do Governo. Era um grupo de MST(Movimento dos Sem Terra) e soube que Brigada Militar (policia militar do RS ), estava de Alerta, me preocupei porque namorava com um soldado da Brigada e na noite anterior ele estaria de serviço, a manhã estava muito agitada, do nosso andar ouvíamos gritos, víamos correrias, as pessoas estavam com medo e qualquer sinal de turbulência elas corriam, e eu mais ainda porque meu namorado não ligava para me dar notícias. foi então que ouvimos outra correria, desta vez as pessoas gritavam horrorizadas, um grupo de militantes do MST que fugiam do confronto que se deu entre a Brigada e os MST na frente do Palácio do Governo, desceram a av. Borges de Medeiros com armas rurais nas mãos, eram foices, enxadas, facões, e bem na esquina da Rua dos Andradas, conhecida como ESQUINA DEMOCRÁTICA, eles encontraram um Brigadiano, VALDECI DE ABREU LOPES, de apenas vinte e poucos anos, alguns contam que Valdeci se apavorou e disparou contra eles, outros contam que Valdeci estava encostado na viatura esperando o companheiro que estava dentro de um prédio, o fato é que esse grupo o cercou e sem que ele tivesse tempo de reagir o imobilizaram e um deles cortou-lhe a garganta com uma foice, quando descemos para almoçar soubemos que todos os comércios estavam fechados e o porteiro nos contou sobre a tragédia, eu quase desmaiei, comecei logo a chorar porque Ademir (meu namorado), não tinha dado notícias ainda, estava tudo muito agitado, parecia que estávamos num campo de guerra, muitos policiais a cavalos, motos, viaturas por todos os lados, batalhão de choque, voltamos para o escritório e pedimos comida pelo telefone, já eram mais de 4 da tarde quando ele me ligou, pediu desculpas mas os oficiais os confinaram no quartel e o orelhão do pelotão dele estava quebrado, ele estava muito triste porque o rapaz morto era do seu pelotão e deixou esposa e filho pequeno, ele também me recomendou que não andasse só nas ruas, estava perigoso demais, a Brigada militar cercou o grupo que matou o soldado dentro da prefeitura e estavam rebelados, nem o Comandante geral conseguia dissuadi-los a sair de lá, então o exército mais a policia civil estavam cercando a Brigada militar que cercava a prefeitura... era um verdadeiro campo de guerra.
No final, prenderam o grupo mas nunca prenderam a pessoa que desferiu o golpe contra ele, ficou sim a dor de companheiros, amigos, da familia, da esposa e do filhinho que cresceu sem conhecer o pai. 
Se era um movimento pacífico, o que houve então? porque denegrir a imagem de um movimento que só buscava melhores condições de vida para os colonos? porque eu, desde esse dia, nunca mais olhei o MST como sendo um movimento pacífico e acredito que todos que estavam no centro de Porto alegre naquele dia, passaram a pensar como eu, e tudo isso aconteceu por ironia do destino, na ESQUINA DEMOCRÁTICA. onde estava a democracia naquele instante de barbárie? Onde estava pelo menos o Amor Cristão? agiram como mero animais, acho que nem como animais, apenas BÁRBAROS.
No ano seguinte eu voltei para São Luis, mas aquele dia ficou marcado, e quanto ao namorado? não deu certo, mas essa história vou contar outro dia...
Que Deus os abençoe.
Bjs.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

"Lar Doce Lar"



Outro dia, deitada me lembrei da nossa primeira casinha de aluguel...
Depois que meu pai se foi, nós perdemos tudo, até a casa, pois minha mãe não trabalhava e nessa época a Cohab tomava mesmo a casa dos inadimplentes e passava para quem saldasse a dívida.
Bom, o que sei é que passamos por trancos e barrancos, entre a ida da minha mãe para São Paulo e sua volta, moramos com tios, com amigos, e éramos sete crianças, mais a nossa irmã por criação e mais a nossa mãe, então seja qual fosse o grau de amizade, quem aguentaria tantas bocas a sustentar por tanto tempo? 
Foi então que a minha mãe apelou para os contatos politicos do meu pai (que na nossa cidade natal, no interior do Estado, era político), e um político (hoje famoso), se compadeceu da situação dela e fez uma indicação, e ela foi contratada pelo Estado. Era uma vitória muito grande pra familia, porque antes o final do mes chegava e ela não tinha nem um rendimento a receber, mas agora era diferente... minha mãe estava empregada!
Ela começou a procurar casa para alugar, coitada, eram caras as casas, levariam praticamente a metade do salário dela, nós estávamos morando todos separados, uns com uma tia aqui, outro tanto com outra tia ali, foi então que ela conheceu uma senhora que trabalhava no mesmo lugar que ela e que alugava umas casinhas de pau a pique e ela disse à minha mãe que estava construindo outra, mas ainda estava molhado o barro, minha mãe não pensou duas vezes e pediu que ela alugasse assim mesmo, ela concordou.
Lembro como se fosse hoje o dia em que nos mudamos, sabe aquele Clichê "Pobre não tem nada, mas quando a casa cai perde tudo"? pois é, a gente não tinha nada, mas o caminhãozinho do vizinho ficou cheínho de trecos...rsrsrs.
Mas, era uma festa, eu estava na carroceria do caminhão, o vento era mais puro, a cidade estava mais bonita, eu estava tão feliz, era uma casa só pra gente, sem ninguém vigiando pra ver se a gente ia quebrar alguma coisa, ou dormir a hora que queria, ou acordar a hora que queria, nossa!
Quando eu olhei a casa, era bem pequena e o barro ainda molhado cheirava tão bem, eu a achei linda, acho que tinha 2 metros de largura e 10 metros de comprimento, mas era perfeita! Eu corri ao redor da casa, tinha bastante espaço pra correr, o quintal era enorme, viveria altas aventuras na selva...lembra do EU, A PIPA E O BURRO? pois é, foi nesta casinha...rsrsrs
Só faltou a plaquinha dizendo "Lar Doce Lar".
A minha foi uma infancia muito difícil, mas do meu jeito, no meio das molecagens, eu tive meus momentos felizes...
E continuo tendo...e sei que a felicidade verdadeira só com meu Criador... e voce também pode te-la, basta crer!
bjs.

domingo, 16 de janeiro de 2011

"O MEU VALE DE BACA"



Amanhecí hoje chorando, faz dias que choro por tudo, choro lendo a Biblia, choro ouvindo musica gospel, chorei assistindo aos noticiários das cidades serranas, chorei no casamento de uma amiga que amo como filha, choro principalmente quando estou orando, falar com o meu criador ultimamente me emociona de uma maneira que não sei explicar, geralmente sou uma manteiga derretida, mas minhas provações têm me deixado mais chorona ainda, no dia 22 de setembro de 2010 às 08:30hs eu sofrí um acidente de trânsito, estava na garupa de uma moto e um carro bateu na gente, com o impacto fui impulsionada para frente e ao cair, todo o peso do meu corpo foi sobre o meu joelho esquerdo, desde então tem sido uma maratona de hospitais, médicos, consultas, e no laudo do ultimo exame deu que tive roptura completa dos ligamentos cruzados do joelho e lesão do menisco, por isso não consigo andar e por isso também terei que ser submetida a uma intervenção cirúrgica para a recontituição dos mesmos.
Bom, por essas e outras provas as quais Deus tem me submetido, eu tenho me sentido atravessando o Vale de Baca, ou o Vale de Lágrimas (Sl 84:5,6), em minha Biblia Presbiteriana encontro o "Vale Árido".   
O destino de quem passava por Baca era Sião, a passagem era obrigatória, Baca moldava os peregrinos que ansiosos por chegar à Jerusalém e ir ao Templo, se arriscavam no Vale. Baca era um vale muito árido e durante a sua travessia os peregrinos tinham que cavar poços para se reabastecerem, havia também os que, por misericórdia de Deus, encontravam os poços cavados por peregrinos que, por ali já haviam passado .

Este artigo define como me sinto, retirei de uma postagem da JORNALISTA E TEÓLOGA WILMA REJANE, em seu Blog "A TENDA NA ROCHA".

NOSSAS VIDAS E O VALE DE BACA

"Muitos de nós passamos por esse vale, alguns poucas vezes, outros muitas; alguns até vivem em Baca, porém; assim como nós passamos por ele, ele também se irá de nós.


Alguns necessitam de muito esforço para cavar poços e sobreviver, outros, nem tanto, desfrutarão em Baca do esforço que outros fizeram; estes, encontram os poços já cavados e cheios pela água da chuva. Em Baca também há poços cavados e vazios que se enchem de lágrimas, mas,nas lágrimas existem bálsamo que trazem conforto e também alegria: "Os que com lágrimas semeiam, com júbilo ceifarão"Sl 126:5.

Apesar da aridez de Baca ele pode se tornar uma fonte onde nos tornamos mais sábios, fortes, resistentes e confiantes. Aprendo que em Baca recebo sustento para alcançar Sião e que Sião representa todo e qualquer lugar onde se deseja chegar para receber vitória."


Tenho suportado a minha travessia por Baca por causa das promessas que Deus me fez, e uma delas é que ele só me dará o fardo, conforme eu possa carregá-lo, quando eu não tiver mais aguentando, sei que ELE virá em meu socorro.
Enquanto isso, na travessia encontro meus poços, alguns vazios, que é a falta que me faz o meu trabalho na obra, as dificuldades para me locomover, dependendo sempre da boa vontade de amigos e irmãos, não poder trabalhar por causa da enfermidade.
E os meu poços cheios, que é a solidariedade de meus irmãos em Cristo que me ajudam a manter a minha botija com farinha e óleo, sem secar. As orações dos ciclos da minha Igreja, as visitas dos amados irmãos, que confortam o meu coração, que se entristeçe com a distância.
Mas o que me conforta é que a palavra diz que todo esse vale está me moldando para a benção maior que meu Deus tem reservado para mim, sou um vaso quebrado e o oleiro está me remontando, se ainda há lágrimas a serem derramadas, eu as derramarei, minhas lágrimas não serão em vão, elas se transformarão em bálsamos que perfumarão a minha vitória, os meus caminhos, a minha vida.
Tenho a certeza que há uma luz no fim deste vale e essa luz, repleta de vitórias, me aguarda, e eu, ansiosa, frágil, esvaindo-me em lágrimas, mas confiante nas promessas, atravesso o meu vale para cair nos braços do Pai.
Que Deus continue a me acompanhar e não solte a minha mão, para que a travessia se torne mais breve e daqui ha algum tempo se torne apenas uma vaga lembrança e que só servirá de aprendizado...
Amém. 


terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Uma Nordestina no Rio Grande do Sul...

No verão de 1991, tinha uns vinte anos, morava em Porto Alegre e por causa do plano Collor eu, assim como milhares de Brasileiros, estava desempregada, então minha ex-chefe de setor, que aqui chamarei de Gladz, me pediu que acompanhasse seus filhos menores de idade, em sua casa de praia durante o verão, a casa era pequena, confortável, fica na praia de Cidreira, uma das mais belas do RS.
Já tinha mais ou menos 02 anos que não ia a uma praia, então me sentia no paraíso, estava louca de saudades das praias maranhenses, acordava já a carater, de biquini; a casa ficava a duas quadras da praia então bastava andar cem metros e lá estava o mar, lindo e maravilhoso.
O mês de janeiro se passou. De manhã praia, a tarde praia, e à noite os meninos que eu "cuidava", o que era desnecessário porque eram adolescentes super responsáveis, eles faziam pequenas reuniões para os amigos que haviam feito ou que reencontraram do verão passado e eu apenas observava, as vezes me sentindo a "velha" da casa, atravessava a rua e me sentava na calçada.
Chegado o mês de fevereiro a casa encheu, eram amigos de Gladz, pessoais ou do escritório, tudo era festa, tinha colchonetes espalhados por toda parte, a casa nunca ficava vazia, sempre tinha alguem cozinhando alguma coisa, parecia a casa do "BBB", e eu lá, uniformizada de roupa de praia, estava bom demais, passava o dia jogando volei ou passeando na praia.
Os jovens da casa se prepararam para o carnaval, compramos ingressos para o clube mais badalado e caro da cidade, nós meninas fomos às compras, short's e blusas para compor o visual, eu estava negra, meu bronzeado estava de dar inveja às amigas gaúchas, elas todas branquinhas, loirinhas, eu estava arrasando!
Como todos os dias, na sexta de carnaval levantamos e já fomos para a praia, qd eu voltei ao meio dia, sentia uma sêde fora do comum e muito calor, só não voltei para a praia depois do almoço porque tinha que lavar minhas roupas, o que acalmou um pouco o calor que sentia.
A noite chegou, era um alvoroço só, as meninas se maquiando os rapazes se arrumando, eu não precisei me maquiar, minha cor era tudo; estava me sentindo um pouco cansada, mas nada me faria desistir do grande baile (ou quase nada).
Passamos quase uma hora na fila pra entrar no clube, mas conseguimos entrar, a banda era maravilhosa, a decoração estava linda, mas minha cabeça estava quase explodindo, estava ensopada de suor, meu cabelo estava grudado na cabeça como se tivesse jogado um balde d'agua em cima de mim, já passava de meia noite eu decidí sair, meus amigos se preocuparam, mas eu os tranquilizei, disse que iria pra casa.
Quando saí do clube, que o vento bateu em mim sentí frio e percebí que devia estar com febre, começei a andar na direção de casa, mas minha cabeça doía muito, teve uma hora que sentí vontade de vomitar, foi então que um carro da Brigada Militar(PM do RS) parou perto de mim e os Brigadianos me deram uma carona até em casa, em outra ocasião ter a atenção de brigadianos só pra mim, seria a glória, mas eu estava me sentindo muito mal, nem olhei a cara deles, além do que eles deviam estar achando que eu estava bêbada. Em casa Gladz estranhou minha volta, mas me deu um remédio pra dor e enjôo, eu tomei um banho e fui dormir.
Na manhã seguinte, eu abrí os olhos, mas estava tão cansada que resolví ficar deitada, eu ouvia as vozes do lado de fora do quarto mas não conseguia me levantar, foi então que ouví a voz de Gladz perguntando por mim, ela entrou no quarto e qd me olhou quase teve um treco, eu estava totalmente inchada, vermelha, eu estava com insolação! Fui levada as pressas ao hospital de "turistas",(lá no RS, nas cidades praianas eles têm hospitais para turistas que exageram) agora imaginem vocês, uma nordestina acostumada ao sol desde que nasceu, foi ter insolação lá no Sul, que vergonha!
Passei o dia internada tomando soro para reihidratar, qd saí do hospital à tarde, a recomendação do médico era repouso absoluto, acabou carnaval, acabou praia, não podia ter nem uma exposição ao sol, teria que usar mangas compridas e boné qd saisse ao sol, parecia uma "ET", então nem preciso dizer que não saia de casa por nada, né?...rsrsrs.
E foi assim que uma nordestina, uma "RATA" de praia foi pegar insolação no RS.
bjs.