Eu era pequena, morava na casa da Cohab, minha mãe já tinha ido pra São Paulo e minha tia caçula ajudava a cuidar da gente, eu tinha uns cinco anos, era muito sapeca, estava brincava com minha prima Ciele, e numa dessas corridas, parei sem avisar e Ciele esbarrou em mim, eu caí e batí com o rosto na quina do terraço, sentí uma dor horrível e fiquei lá, ouví minha Tia dizer_Levanta Prêta..._ (rsrs...esse era meu apelido, prêta) mas eu estava sentindo algo quente no meu rosto, levei a mão onde doía e quando olhei, era sangue, minha prima começou a gritar e eu também, minha tia correu assustada na nossa direção e só lembro dela dizer_Meu Deus! Meu Deus!_ minha irmã mais velha saiu do quarto e veio até nós, ela mandou minha irmã ir chamar meu irmão "divino"(era o apelido dele) no colégio, aquele da caixa d'agua no topo da av.14 na cohab, enquanto isso ela tirou minha blusa e colocou em cima do ferimento, me deu um banho rápido e vestiu outra roupa, não demorou muito meu irmão chegou e com ele meu primo Riba, eles estudavam no mesmo colégio, minha tia mandou eles me levarem na farmácia do Dr.Leopoldo, ele era farmaceutico mas era como se fosse o médico particular daquela comunidade, todo "primeiro socorro" passava antes por ele, depois que ele encaminhava para outro lugar, a farmácia dele era perto do Superm. Lusitana, hoje Super Bom Preço.
Bom, eu lembro que meu irmão e meu primo desceram aquela avenida comigo no colo, e revesavam entre sí, porque eu era pequena mas, sempre fui "cheínha" rsrs, as pessoas olhavam compadecidos para os dois garotos carregando aquela menininha toda ensanguentada, e eu me enchia de orgulho, meus heróis, estavam me salvando, meu irmão já era meu herói, e agora eu tinha mais um, meu primo Riba, sabe aquele primo que implica com os menores até os pequenos chorarem? pois é, ele era muito bom nisso e eu era um de seus alvos principais, mas naquele dia...ele era meu herói, quase nem sentia mais aquela dor horrível e o sangue que não parava...
Bom lembro ainda que eles acharam uma moedinha no chão e no caminho compraram um bolinho chamado "mãe benta" pra ver se eu parava de chorar mas, pouco adiantava, eu já era muito chorona sem motivo, imagine então com um bom motivo.
Na farmácia o Dr.Leopoldo fez um curativo e disse que alguém teria que me levar ao hospital pois o corte no rosto levaria uns 04 pontos; levou mesmo e ficou a marca.
Logo chegou um adulto da minha família que me levou pro bendito hospital....
Mas eu nunca esquecí dos meus heróis...eles cresceram e ainda são muito importantes na minha vida e com certeza são os heróis da renca de filhos que tiveram...rsrs.
bjs.
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